Aquisição do Conhecimento e o Processo de Inovação
- Murillo Lima
- 18 de ago. de 2021
- 4 min de leitura

Adquirir Conhecimento é um processo que ocorre desde o primeiro momento de vida. A criança não aprende a se locomover, a falar e a segurar as coisas apenas por instinto. Ela aprende, ela experimenta e a partir deste momento onde ela é “tentada” a engatinhar e a se mover de um lado para o outro, o processo de Aquisição do Conhecimento se torna algo dinâmico nas nossas vidas, e também o de inovação. Para criança, aprender a engatinhar, a caminhar e a escrever, são grandes inovações que passam também pelo processo de Aquisição do Conhecimento.
Inovar é algo que não se faz sem antes adquirir um certo conhecimento, seja de uma “dor” experimentada por uma pessoa ou grupo, por uma necessidade de se criar algo novo, ou para melhorar um processo que não está lá muito bem.
O cérebro humano possui uma capacidade de se adaptar, aprender e inovar através de sua plasticidade, e o que torna o processo de inovação, algo biológico, e que ocorre a todo o momento. Só o fato de pensar na necessidade de se desenvolver algo como a criação da locomotiva a vapor e do GPS e de diversas outras inovações, e como elas influenciaram a humanidade, já se pode afirmar que é um processo biológico, pelo simples fato de estar pondo o seu cérebro para funcionar.
Existem diversas formas de se adquirir conhecimento tais como:
Aquisição do Conhecimento pela empatia;
Através da necessidade de conhecer um domínio específico;
Pesquisa Etnográfica;
Construção de Protótipos;
Através da Gestão do Conhecimento;
Por satisfazer a sua curiosidade.
Vamos falar um pouco delas com o objetivo de demonstrar como elas podem levar o ao processo de inovação.
Aquisição do Conhecimento pela Empatia:
Segundo o dicionário Aurélio, empatia significa ter a habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa. Tentar compreender o que o outro pensa, sente, e sofre, é uma grande oportunidade aprender e criar soluções, baseadas em nas necessidades dos usuários. É uma das formas mais interessantes e em alguns casos, divertida de se adquirir conhecimento.
Necessidade de Conhecer um Domínio Específico:
Ao desenvolver um trabalho de inovação, muitas vezes se faz necessário conhecer a fundo o domínio que esta inovação estará inserida, para que a inovação possa ser necessária fazer uma pesquisa etnográfica (vamos falar dela mais adiante) ou até mesmo fazer uma entrevista com um especialista (ex.: em projetos de construção de uma ontologia). Conhecer o domínio expande sua perspectiva sobre o tema e com certeza ir ajudar a saber como inovar.
Pesquisa Etnográfica:
Muito comum no estudo de povos (antropologia), a pesquisa etnográfica é uma maneira de estudar pessoas em grupos organizados, duradouros, que podem ser chamados de comunidade ou sociedade, com foco no modo de vida peculiar que caracteriza um grupo é entendido como a sua cultura, estudando seus comportamentos, costumes e crenças aprendidos e compartilhados dentro do grupo.
Muito pode ser aprendido principalmente em projetos de inovação que envolvam a melhoria de uma comunidade, como pequenos produtores rurais. É viver como eles por um tempo para compreende-los melhor.
Construção de um Protótipo:
Essa é uma forma muito interessante. Desenvolver um carro, um avião ou até um serviço pode ser algo tão complexo e caro que é necessário desenvolver um protótipo, um modelo minimamente funcional ou um MVP, um Produto Mínimo Viável, em inglês Minimum Viable Product. É muito comum desenvolver um modelo em escala, antes de se desenvolver um grande e caro projeto, tal como a construção de um modelo novo de um avião, para se testar a aerodinâmica, ou mesmo uma pequena construção feita de blocos de Lego® para se testar um serviço ou produto desenvolvido ao fim de uma oficina de Design Thinking.

Gestão do Conhecimento:
A Gestão do Conhecimento é o “guarda-chuva” geral de todas as outras formas de se Adquirir Conhecimento. É através dela que passa a olhar melhor para a enorme quantidade dados que podemos encontrar e definir como podemos melhor utiliza-los. Utilizar de ferramentas como o Big Data podem ajudar diversas empresas a conhecerem melhor o seu cliente e como o seu produto ou serviço está indo no mercado.
Por satisfazer a sua curiosidade:
Por último, talvez a forma mais prazerosa de se adquirir conhecimento, que é para satisfazer uma curiosidade, um hobby. Eu, por exemplo, sou um grande consumidor de conteúdos relacionados à minha paixão por aviação. Compro livros, revistas, acesso a páginas de internet, aplicativos de tracking de aviões, escuto a podcasts sobre o assunto ou até mesmo em conversas com outros apaixonados pelo tema. E este “passa tempo” já me ajudou muito na minha vida profissional e a ter diversas ideias que me ajudaram a solucionar problemas complexos.

Bom adquirir conhecimento é a base para a inovação, sem sombra de dúvidas. Sem conhecimento mínimo sobre o domínio que se quer inovar é impossível propor algo que seja inovador. A dica que eu dou é seguinte. Bora sair da zona de conforto, estudar, praticar a empatia e conhecer o máximo possível do mercado e as nuances do setor que você quer inovar ou que esteja participando de um projeto de inovação. Só assim para inovar algo que seja realmente funcional e transformador.
Gostei muito, vou apresentar a comissão das atividades complementares, da escola,se eles querem usar em uma das atividades.